Não há evidências de que os dados econômicos dos EUA tenham enfrentado uma erosão similar em qualidade. As agências estatísticas dizem que revisam rotineiramente seus dados em busca de evidências de que as taxas de resposta em queda estão levando a resultados tendenciosos e permanecem confiantes em seus dados — uma conclusão apoiada pelo relatório da American Statistical Association.
Mas William Beach, que liderou o Bureau of Labor Statistics de 2019 a 2023, disse que a agência estava se aproximando do ponto em que não seria mais capaz de publicar dados mensais confiáveis sobre emprego e desemprego para grupos demográficos menores, como asiático-americanos e adolescentes, ou para estados menos populosos.
“A primeira coisa que você verá no futuro é menos dados sendo reportados”, disse ele.
Representantes do Bureau of Labor Statistics e do Census Bureau disseram que estavam confiantes na confiabilidade de seus dados. Mas reconheceram que as taxas de resposta em queda representavam um desafio.
“Questões como preocupações com privacidade, desafios para contatar entrevistados em lares que só usam celular e a disponibilidade dos entrevistados quando o contato é feito contribuíram para o declínio”, disse Ron Jarmin, vice-diretor do Census Bureau, em uma declaração por escrito. “Temos pesquisado e testado maneiras de estabilizar ou reverter essa tendência, porque uma taxa maior de resposta significa dados de maior qualidade.”
Agências estatísticas e especialistas externos concordam que as estatísticas federais precisarão, em última análise, incorporar mais dados de fontes privadas e registros administrativos juntamente com pesquisas tradicionais. Esse processo já começou: o Census Bureau, por exemplo, usa dados dos agregadores do setor privado Circana e Nielsen para suplementar dados de pesquisa para seu relatório mensal de vendas no varejo.