Após abrir o capital em 2018, a Hipgnosis teve um começo brilhante, iniciando uma onda de gastos com direitos de músicas de artistas que acabou ultrapassando US$ 2 bilhões e fazendo um discurso para chamar a atenção dos investidores de que os royalties de músicas pop poderiam ser “mais valioso que ouro ou petróleo.”
Mercuriadis também atacava regularmente os conglomerados corporativos que dominam a indústria musical, retratando-os como donos de muito conteúdo para gerenciá-lo adequadamente. Em particular, outros na indústria reclamaram que a Hipgnosis estava pagando a mais por catálogos, aumentando os preços em todos os lugares. Somente em 2021, a indústria musical teve US$ 5,3 bilhões em transações de catálogo, muitas delas de acordos com artistas individuais, de acordo com uma estimativa da Midia, que estuda mídia digital e a indústria musical.
“As pessoas veem as músicas como objetos inanimados; eu não”, Mercuriadis disse ao The New York Times em uma entrevista em 2020. “Eu acho que elas são a grande energia que faz o mundo girar, e eu acho que elas merecem ser gerenciadas com o mesmo nível de responsabilidade que os seres humanos.”
Mas, no ano passado, os investidores do Hipgnosis Songs Fund ficaram descontentes com o preço das ações da empresa, que havia caído bem abaixo do valor de seus ativos, conforme calculado por terceiros.
Em outubro, os acionistas votaram contra a manutenção da estrutura da empresa. Isso desencadeou uma série de mudanças, incluindo uma revisão severa por um novo consultor financeiro, o que reduziu o valor dos ativos da empresa em 26%; o relatório também descobriu que a Hipgnosis Song Management havia pago a mais pela maior parte de seu catálogo e exagerado a receita e os lucros do fundo.