Os candidatos à Prefeitura de São Paulo participaram na manhã desta segunda-feira (24) do debate Folha/UOL, marcado por discussões sobre religião, corrupção e drogas.
Em um ciclo de debates com episódios de violência física, o encontro desta segunda teve boa parte do tempo usada para ataques de Pablo Marçal (PRTB) e Tabata Amaral (PSB) aos líderes de intenção na pesquisa Datafolha, Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL).
Os candidatos também não trataram de Cracolândia (a palavra foi citada em outros contextos, sem aprofundamento) e meio ambiente neste penúltimo debate da corrida eleitoral.
Menções dos candidatos
A Folha também monitora as citações diretas e indiretas de candidatos, que neste debate, foram mais incisivas.
O prefeito Ricardo Nunes concentrou 52% das suas menções em Boulos e, assim como o candidato psolista, mencionou a Tabata apenas uma vez.
O candidato do PSOL, por sua vez, citou Nunes 31 vezes, o que representa 67% das menções feitas por Boulos durante o debate Folha/UOL.
Pablo Marçal, ainda que tenha maior número de citações contra o atual prefeito, ampliou a frente também contra Boulos e Tabata.
Tabata Amaral fez apenas 17 citações diretas aos outros candidatos, em maior peso contra Marçal. O destaque fica para a citação da candidata Marina Helena (Novo), que não estava no programa.
A ferramenta da Folha “Debate em Números” mostra a transcrição das falas dos candidatos e a categoriza em diferentes temas.
Este foi o primeiro debate da campanha de São Paulo neste ano com o formato de banco de tempo, em que o próprio candidato administra a duração das falas dentro de um limite estabelecido e pode falar em qualquer momento —20 minutos, no caso. O modelo foi elogiado pelos participantes, que exaltaram a possibilidade de interação.