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Debate: Nunes, Boulos e Tabata se esquivam de perguntas – 30/09/2024 – Poder

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Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL) e Tabata Amaral (PSB) se esquivaram de perguntas feitas por adversários durante o debate Folha/UOL na manhã de hoje (30).

Nunes não respondeu a reiteradas perguntas de Pablo Marçal (PRTB) sobre o boletim de ocorrência registrado por sua esposa, Regina Nunes, por violência doméstica, em 2011. “Por que a sua esposa registrou boletim de ocorrência por violência doméstica?”, perguntou o influenciador várias vezes.

Nunes rebatia dizendo que não cairia em provocação ou apontando condenações de seu rival –o empresário foi condenado por furto qualificado.

Boulos se não explicou suas mudanças de posição sobre Venezuela –ele antes elogiava o governo do país, que hoje qualifica como uma ditadura. Também não deu resposta quando questionado sobre descriminalização de drogas, que defendia em 2018 e hoje diz não ser sua posição.

Tabata, também deputada federal, não respondeu por que deixou de registrar voto em projeto que liberou cassinos eletrônicos nem sobre projetos parecidos ao do Pé de Meia. Ela reivindica a proposta como conquista do seu mandato, mas já havia na Câmara outras com teor semelhante protocoladas antes por outros deputados.

Veja a seguir alguns destes momentos.

Boletim de ocorrência

Na reta final do debate, Marçal e Boulos trouxeram à tona o boletim de ocorrência no qual a mulher de Ricardo Nunes (MDB) diz ter sido agredida pelo marido. O caso foi revelado pela Folha.

Em diversas oportunidades, Marçal perguntou por quais razões a mulher de Nunes, Regina, registrou o boletim de ocorrência.

“Pablo Henrique, eu sou casado há 27 anos. Nunca levantei um dedo para minha esposa. O que tem de verdade é que o rapaz que agrediu o Duda Lima armou briga, rasgou a camisa para dizer que foi agredido”, respondeu Nunes.

Na sequência, Marçal insistiu na pergunta. “Por que sua mulher registrou o boletim de ocorrência. Ela estava embriagada?”.

Nunes disse que não iria cair em uma suposta armadilha de Marçal para tirá-lo do foco.

Boulos, por sua vez, disse que Nunes precisaria se explicar sobre agressão à esposa, mas que tem se esquivado de fazer isso em todos os debates.

O prefeito também não respondeu por quais motivos a sua gestão interrompeu o serviço de aborto legal, o único na rede pública em São Paulo. Nunes respondeu apenas que a lei está sendo cumprida, mas não informou qual hospital realiza o procedimento.

Venezuela

Questionado no debate da Folha/UOL sobre suas mudanças de posições com relação à descriminalização de drogas e à Venezuela, o candidato do PSOL, Guilherme Boulos, esquivou-se.

“Tenta se fazer debate ideológico numa eleição municipal. Alguém acha que [para] quem sai cedo do Jardim São Luís para trabalhar, a preocupação é com Venezuela ou com o ônibus lotado?”, perguntou Boulos.

“Se tem uma coisa que ninguém pode dizer de mim é não ter coerência com meus princípios.”

Projeto que liberou cassinos

A candidata Tabata Amaral (PSB) não esclareceu por que não registrou voto no projeto que liberou cassinos online, em dezembro do ano passado.

Questionada, ela afirmou que “apesar de não ter esse voto específico registrado, a minha posição é conhecida”. “Nós precisamos de uma legislação dura.”

Pé de Meia

A candidata Tabata Amaral (PSB) foi questionada sobre uma reportagem do UOL que mostrou que projetos parecidos ao Pé de Meia foram protocolados anos antes pelos deputados Idilvan Alencar (PDT) e Marília Arraes (PT). A candidata foi indagada se havia se apropriado da ideia de outros parlamentares, mas não foi clara na resposta.

“Acho triste que você traga aqui uma narrativa mentirosa que foi trazida pela Marina Helena no último debate. Marina Helena traz mentira, ataca adversários, eu só tenho uma coisa para dizer: quem tiver qualquer dúvida, digita Pé de Meia e vê quem é a autora do projeto.”

Marta Suplicy

Ricardo Nunes (MDB ) se esquivou de uma série de perguntas de Pablo Marçal (PRTB) sobre o fato de Marta Suplicy (PT) ter saído de sua gestão para aderir à chapa de Guilherme Boulos (PSOL ).

Marta era secretária de Relações Internacionais de Nunes. Em uma articulação feita por Lula (PT), assumiu o posto de vice na chapa de Boulos.

“Ricardo Nunes, em dez debates eu te perguntei por que sua secretária Marta Suplicy é vice do Boulos, você não respondeu”, disse Marçal, em uma das intervenções. Nunes não respondeu novamente.

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