A Justiça do Rio de Janeiro condenou pela primeira vez uma pessoa acusada de envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes: o dono de ferro-velho Edilson Barbosa dos Santos, o Orelha, que, segundo as investigações, ajudou a fazer desaparecer o carro usado no crime. A condenação foi noticiada pelo site G1.
De acordo com o veículo, que obteve acesso à decisão assinada pelo juiz Renan de Freitas Ongaratto, da 39ª Vara Criminal, ele terá de cumprir cinco anos de prisão por ter atrapalhado o andamento dos trabalhos de identificação dos responsáveis pelo crime.
Orelha está preso desde fevereiro deste ano. Ele era próximo a Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, apontados como executores do crime e que também estão presos. Foi a delação de Queiroz que levou ao indiciamento do proprietário do ferro-velho, que teria sido acionado pelo ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel (mais um preso acusado de envolvimento).
As investigações da Polícia Federal e do Ministério Público confirmaram a participação de Orelha, que teria recebido o carro das mãos de Lessa e Suel para destruição. No caminho, antes de entregar o veículo, eles destruíram a placa e arremessaram os pedaços junto a uma linha de trem.