Nesta 3ª feira (1º.out), Teerã lançou 180 mísseis contra o território israelense em resposta ao conflito no Líbano
O Ministério das Relações Exteriores da Argentina condenou o ataque do Irã contra Israel realizado nesta 3ª feira (1º.out.2024). Em comunicado, o órgão argentina pede que Teerã encerre as ofensivas “injustificadas” e “perigosas” que ameaçam o conflito regional se tornar global.
A ofensiva de Teerã contou com o lançamento de 180 mísseis contra o território israelense e se deu em resposta ao conflito no Líbano. Detalhes sobre as consequências do ataque ainda não foram divulgados pelas autoridades de Israel.
Leia a íntegra da nota:
“A Argentina condena o ataque com mísseis do Irã contra a população civil de Israel. Este desenvolvimento apenas agrava um conflito que ameaça espalhar-se para além da região e adquirir uma dimensão global”.
“A Argentina insta o Irã a pôr termo a este ataque injustificado e perigoso e a evitar o prolongamento e o aprofundamento de uma crise que se estendeu ao longo do tempo e que custou demasiado sofrimento”.
“A Argentina reitera a sua solidariedade com o Estado de Israel e reivindica o seu direito à legítima defesa”.
TENSÃO NO ORIENTE MÉDIO
Depois de 1 ano de tensões crescentes entre Israel e os aliados do Irã na região —o que inclui o Hamas em Gaza, o Hezbollah no Líbano, os Houthis no Iêmen, além de milícias no Iraque e na Síria—, o ataque do Irã contra Israel pode ampliar a guerra para um conflito em larga escala.
A Guarda Revolucionária do Irã disse que o ataque de mísseis balísticos desta 3ª feira (1º.out) contra Israel foi resposta às mortes de diversos líderes do Hezbollah, incluindo o chefe do grupo, Hassan Nasrallah. E disse que lançaria novos ataques se fosse atacado.
A missão do Irã na ONU também emitiu comunicado. “Se o regime sionista [Israel, no linguajar iraniano] ousar responder ou cometer novos atos de malevolência, uma resposta subsequente e esmagadora ocorrerá”. E classificaram a ação como “legal, racional e legítima aos atos terroristas de Israel”.
Israel, por sua vez, afirma que continuará os ataques no Oriente Médio e acusa Teerã de estar colocando a região em ameaça.