Os gatos, assim como os seres humanos, também passam por todas as fases da vida: nascem, crescem e eventualmente envelhecem. O envelhecimento é uma etapa natural, mas é importante estar atento aos sinais que indicam que o felino está se tornando idoso. Isso porque permite que o tutor ofereça os cuidados necessários, garantindo o bem-estar e a qualidade de vida do seu companheiro. Abaixo, confira alguns deles!
1. Diminuição da atividade física
Ao contrário dos gatos mais jovens, os idosos tendem a se mover menos e a brincar com menor frequência. Isso acontece porque, com a idade, seus músculos podem enfraquecer, e a mobilidade articular diminuir. Por isso, é essencial oferecer um ambiente confortável e estimular o bichano com brincadeiras suaves, respeitando sempre os seus limites.
“Muitos pensam que, ao chegar a certa idade, os animais precisam diminuir o ritmo, mas é o contrário. Brincadeiras e práticas que estimulem o pet a manter-se ativo são muito bem-vindas. A única diferença é que elas devem ser adaptadas conforme as limitações individuais e físicas do animal, respeitando suas particularidades, além de outras comorbidades que o animal possa ter”, explica Marina Meireles, veterinária do Nouvet, centro veterinário de nível hospitalar em São Paulo.
2. Alterações no sono
Os gatos são conhecidos por dormir durante boa parte do tempo; mas, com o envelhecimento, é comum que eles durmam por períodos ainda mais longos ou em horários irregulares. Esse comportamento é natural devido à diminuição da energia e às mudanças no metabolismo. Assim, é importante garantir que ele tenha um local tranquilo e confortável para descansar.
3. Perda de peso ou ganho de peso
Em gatos idosos, a redução de massa muscular e o metabolismo mais lento, por exemplo, podem levar ao aumento do peso, enquanto certas doenças, como problemas dentários, digestivos ou hormonais, podem causar perda de peso. Por isso, manter uma alimentação equilibrada e consultar o veterinário regularmente é essencial para controlar essas mudanças.
“Assim como a obesidade é um agravante para o surgimento de inúmeras doenças em humanos, ela afeta a qualidade de vida dos pets, pode causar comorbidades e não deve ser menosprezada”, alerta Walérya Mendonça, veterinária e professora do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera.
4. Dificuldade em subir ou descer de lugares altos
A perda de agilidade é outro sinal típico da idade. Gatos idosos podem demonstrar dificuldade em alcançar lugares altos onde costumavam saltar com facilidade. Esse comportamento está ligado ao desgaste das articulações e à dor muscular. Por isso, colocar rampas ou criar um ambiente com menos obstáculos pode ajudar o animal nessa fase da vida.
5. Alterações no pelo e na pele
Gatos mais velhos podem apresentar mudanças no pelo, que se torna mais ralo, sem brilho e, em alguns casos, até grisalho. Além disso, a pele pode ficar mais sensível e propensa a irritações. Assim, escová-lo com regularidade ajuda a manter a saúde da pelagem, além de ser uma forma de carinho.
6. Diminuição da audição e da visão
A visão e a audição podem ser afetadas com o passar dos anos. Gatos idosos podem começar a parecer desorientados ou reagir menos aos sons ao redor. Por isso, é essencial ter paciência e criar um ambiente seguro, evitando mudanças bruscas no espaço onde o felino vive.
7. Uso inadequado da caixa de areia
Com o avanço da idade, o gato pode começar a apresentar dificuldades em usar a caixa de areia, seja por dores nas articulações ou problemas de incontinência. Alterar a localização da caixa para um lugar de fácil acesso ou mudar o tipo de areia pode ajudar o felino a se sentir mais confortável.
8. Aumento da sede
A sede excessiva pode ser um sinal de doenças renais, que são comuns em gatos idosos. Se perceber que ele está bebendo mais água que o normal, é importante levá-lo ao veterinário para verificar se há algum problema de saúde subjacente.
“Pets com doença renal crônica se desidratam rapidamente, pois o rim não está fazendo seu papel na filtragem e concentração da urina. Os gatos são mais suscetíveis à doença, seus hábitos de tomar água e a forma com que se alimentam foram alterados com a domesticação da espécie”, explica Joana Portin, veterinária da Petlove.
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