TENSÃO NO ORIENTE MÉDIO
A histórica relação tensa entre Israel e Irã teve um novo capítulo nesta 3ª feira (1º.out) depois dos ataques de Teerã contra Israel, preocupando a comunidade internacional. O Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) convocou uma reunião de emergência para discutirem a situação do Oriente Médio na 4ª feira (2.out).
A ofensiva iraniana se deu em resposta a escalada no conflito entre Israel e o Hezbollah, grupo extremista que controla regiões do Líbano. O grupo libanês é um aliado do Irã, sendo financiado por Teerã e acusado de manter uma “guerra por procuração” contra Israel.
Em setembro, Israel matou diversos líderes do Hezbollah, incluindo o chefe do grupo, Hassan Nasrallah, frustrando o governo iraniano.
A relação já tensa entre Israel e Irã piorou depois de agentes das Forças de Defesa de Israel iniciarem uma ofensiva terrestre no país árabe na 2ª (30.set). Segundo o governo israelense, a operação é “limitada, localizada e direcionada” contra alvos “terroristas” e a infraestrutura do Hezbollah próxima à fronteira entre os países.
Assim, por volta das 13h30 (de Brasília), o Irã iniciou o lançamento de mísseis contra Israel. O ataque, porém, foi premeditado pelos Estados Unidos, que ajudou os israelenses a se defenderem. As FDI informaram que houve impactos “isolados” no centro de Israel e vários outros no sul do país, mas não deu mais detalhes.
O contexto de tensão entre Tel Aviv e Teerã, no entanto, não é inédito. Em abril, por exemplo, as nações trocaram ataques depois que a embaixada iraniana em Damasco, na Síria, foi bombardeada.
O país persa também apoia o Hamas, grupo palestino inimigo de Israel que controla a Faixa de Gaza, e afirma que as forças de defesa israelenses cometem “genocídio” no enclave.