Com alta no azeite, saiba o que fazer para substituir o óleo
O produto teve uma alta média de 39,95% em Salvador e Região Metropolitana entre setembro de 2023 e agosto de 2024
Publicado em 2 de outubro de 2024 às 06:00
O preço do azeite de oliva tem obrigado o consumidor a buscar alternativas na hora de cozinhar. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE), o produto teve uma alta média de 39,95% em Salvador e Região Metropolitana entre setembro de 2023 e agosto de 2024. Nas compras do mercado, manteiga, margarina e outros óleos têm se tornado opções mais atraentes aos baianos.
Na cozinha, a aposentada Maria do Socorro diz que o azeite não entra mais em casa. “Faz um mês que não compro azeite. Está muito caro. Usava em quase tudo, mas agora uso manteiga para cozinhar as coisas”, contou. A empregada doméstica Tânia Alves conta que tem usado cada vez menos azeite nas receitas. “Quando tem o dosador, coloco na parte menor para sair bem pouquinho, justamente para economizar”, explicou.
De acordo com a nutricionista Amanda Feitosa, pós-graduada em nutrição esportiva, estética, funcional e materno-infantil, há opções de substitutos para o azeite. “Para cozinhar ou fritar, ótimas alternativas ao azeite de oliva são o óleo de abacate, o óleo de coco ou o óleo de gergelim. Já para saladas, tanto o óleo de gergelim quanto o óleo de linhaça são excelentes sugestões”, disse.
Ela acrescentou que óleos com ponto médio de fumaça, como o azeite de oliva, são os melhores para frituras, mas o ideal é utilizá-los em preparações já prontas. “O ponto de fumaça é a temperatura máxima em que o óleo começa a se decompor e liberar fumaça, ou seja, começa a perder suas propriedades. Em altas temperaturas, todos os óleos se decompõem e perdem suas qualidades, sendo mais indicado o uso em pratos já prontos, como no caso de saladas”, explicou.
A nutricionista também mencionou que manteiga e margarina podem substituir o azeite de oliva em frituras e cozimentos, mas não são opções ideais. “Ao analisar o menor risco à saúde, levando em conta a menor quantidade de colesterol, estes produtos apresentam piores resultados para a saúde”, esclareceu.