Deputados bolsonaristas que antes estavam receosos em manifestar apoio a Pablo Marçal (PRTB) na disputa pela Prefeitura de São Paulo passaram a declarar abertamente que estão ao lado do influenciador e não do prefeito Ricardo Nunes (MDB), para quem Jair Bolsonaro (PL) faz campanha.
Nesta terça-feira (1º), Marco Feliciano (PL-SP) declarou apoio a Marçal. Antes dele, Carla Zambelli (PL-SP), Nikolas Ferreira (PL-MG) e Zé Trovão (PL-SC) já haviam feito o mesmo.
Além de ser o partido do ex-presidente, o PL indicou o vice de Nunes, Coronel Mello Araújo, e é o principal doador da campanha do prefeito, com R$ 17 milhões, à frente do próprio MDB, que doou R$ 15 milhões.
Segundo apurou o Painel, outros parlamentares e candidatos devem aderir ao movimento nos próximos dias.
Em caráter reservado, um deles diz à coluna que os primeiros a declarar adesão a Marçal correram o risco de comprar inimizade com Bolsonaro.
No entanto, o ex-presidente nunca procurou os deputados para desencorajá-los nem sinalizou qualquer tipo de incômodo ou retaliação, e então o movimento ganhou volume. Por isso, eles consideram que Bolsonaro deu um aval silencioso —ou seja, segundo essa interpretação, ainda que apoie Nunes a pedido do PL, ele não romperá laços com quem preferir acompanhar Marçal.
Bolsonaro tem feito uma participação oscilante na campanha do emedebista. No meio de agosto, o ex-presidente chamou Marçal de inteligente e disse que Nunes não era seu candidato dos sonhos. Nas semanas seguintes, gravou vídeos pedindo votos para o prefeito e criticando o influenciador.
Em meio a esse vaivém, Bolsonaro praticamente não participou de eventos públicos com Nunes, tarefa que foi assumida pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), que se tornou o principal cabo eleitoral do prefeito.
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