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Assinatura do receituário postado por Marçal é falso, diz polícia

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Ex-coach acusou Boulos de ser usuário de cocaína; candidato pode responder a falsificação de documento particular e crimes contra a honra

A perícia da Polícia Civil de São Paulo concluiu que o receituário médico, publicado pelo candidato à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB), que mostraria que Guilherme Boulos (Psol) seria usuário de cocaína, é falso. O Instituto de Criminalística de São Paulo emitiu o parecer na noite deste sábado (5.out.2024).

A Polícia Científica analisou a suposta assinatura do médico José Roberto de Souza, que consta no documento publicado pelo ex-coach na noite de 6ª feira (4.out), e disse que não corresponde ao médico já falecido.

Mais cedo, o delegado à frente do caso, William Wong, havia condicionado a instauração de um inquérito contra Marçal ao parecer da perícia. Agora, o candidato pode responder a falsificação de documento particular. Além de crimes contra a honra que miraram o candidato psolista.

Wong disse a jornalistas que não há “pressa” em ouvir as pessoas envolvidas no caso, pois não haveria risco de perder evidências e pelo momento “delicado” visto no pleito eleitoral –que acontece neste domingo (6.out). 

“Nada será feito amanhã. Amanhã é dia de eleição. O que tinha que ser feito pela Polícia Civil, a priori, é somente fazer esse registro porque os fatos já foram narrados. Tudo que for galgado, não existe a pressa, não vamos correr o risco de perder provas se fizer a diligência hoje, amanhã ou depois. A gente está em um momento delicado à véspera de uma eleição, vamos aguardar primeiro o decorrer da investigação”, disse. 

A defesa de Boulos registrou um Boletim de Ocorrência contra Marçal neste sábado (5.out.2024). O conteúdo foi retirado do ar por ordem judicial. O perfil também foi suspenso.

Eis a íntegra da Secretaria de Segurança Pública:

“O Instituto de Criminalística (IC) finalizou o laudo pericial e concluiu que é falso o documento divulgado em rede social por um dos candidatos à Prefeitura de São Paulo. O relatório da perícia foi encaminhado à autoridade policial, que instaurou um inquérito para apurar todas as circunstâncias relativas aos fatos”.

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